Hoje, celebra-se o Dia Mundial das Bibliotecas. Escolhemos Vítor Encarnação para o celebrar.
Bibliotecas
As bibliotecas são a maior voz que uma terra pode ter. Não há voz mais alta, mais profunda, mais intensa, mais descobridora do que a voz de uma biblioteca. A voz dela vem da boca do mundo, ela é o mundo inteiro a falar, é uma boca feita de línguas de papel, de muitas línguas que se soltam quando abrimos os lábios das capas, é dentro das suas paredes abertas para todos os horizontes que se concentram as mais belas palavras que já foram escritas, é o tempo antigo a contar as coisas aos nossos olhos de agora, é o tempo de agora a contar as coisas aos nossos olhos para sempre. Dentro dela só há mulheres vivas e homens vivos, dentro de uma biblioteca não há gente morta, mesmo depois de mortos, todos os que escreveram nunca hão de morrer. Os livros ficam de pé, os livros estão de pé nos estantes, mas não é para lermos melhores os títulos, é para as palavras estarem verticais enquanto disponibilizamos por nós. Como palavras importantes vivem de pé, como palavras importantes ensinam-nos a viver de pé, quando lemos estamos sempre de pé na vida. Nas bibliotecas não pode viver o silêncio, o silêncio da reverência mata-as de agonia e aborrecimento, as bibliotecas aproveitam a luz e de risos, de quadros nas paredes, de escritores com livros dentro das bocas, de crianças ouvindo sonhos, de jovens pesquisando utopias. Nas bibliotecas tem necessariamente de viver o espanto. de escritores com livros dentro das bocas, de crianças ouvindo sonhos, de jovens pesquisando utopias. Nas bibliotecas tem necessariamente de viver o espanto. de escritores com livros dentro das bocas, de crianças ouvindo sonhos, de jovens pesquisando utopias. Nas bibliotecas tem necessariamente de viver o espanto.
Vivam as Bibliotecas! Vivam as Bibliotecas Escolares!
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