Em 1147, D. Afonso Henriques, ajudado por cruzados que se dirigiam para a Terra Santa, inicia um cerco ao castelo de Lisboa, com o objetivo de o conquistar aos mouros. Durante uma das investidas, a 21 de Outubro de 1147, teria existido um tal Martim Moniz que se deixou entalar numa das portas do castelo para permitir a entrada dos combatentes comandados pelo rei de Portugal. Não se pode comprovar a existência desta personagem, visto não haver qualquer documento da época que a ela faça referência. Citam-na, no entanto, como figura lendária da História de Portugal.
No sopé do castelo de São Jorge existe uma Praça a que foi atribuída ao nome deste herói lendário e Metropolitano de Lisboa tem uma estação neste local, inaugurada em 1966. Em 1997, no âmbito do programa de beneficiação e expansão da rede, que decorreu até 1999, esta estação - a que foi atribuída ao nome de Martim Moniz - foi totalmente remodelada, com um projeto arquitetónico da autoria do arquiteto Paulo Brito da Silva e intervenção plástica dos artistas Gracinda Candeias e José João Brito.
Esta imagem reproduz um baixo-relevo existente na gare desta estação, representando o entalamento de Martim Moniz, não na porta do castelo, mas na porta de uma carruagem do metro. Esta iniciativa artística possui um duplo significado importante: referenciar esta figura lendária e lembrar aos utentes do metro que, após o sinal de encerramento das portas, é perigoso forçar a entrada nas carruagens.
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