Ainda o Carnaval

 

Em Portugal, este período do calendário cristão remonta ao séc. XIII, mais precisamente ao reinado de D. Afonso III, com o nome de Entrudo . A partir do séc. XVI, o Entrudo passou a chamar-se Carnaval , evocando como “Saturnálias”, festas romanas. O intervalo de tempo do carnaval ia do Dia de Reis atá à quarta-feira de cinzas, véspera da Páscoa.

Desde cerca do séc. XVII estas festividades, que incluíam muitos convívios à volta da mesa, passaram a ter intervalo de tempo mais restrito, de uma semana. Este período era precedido do Dia dos Compadres e das Comadres, comemorado no domingo, tradição que ainda permanece em algumas regiões do país. Foi nesta época que passaram a se associar aos festejos carnavalescos, os desfiles.

Atendendo ao período determinado pela Igreja Católica de 40 dias de Jejum e mais seis da Semana Santa, em que as almas se entregariam à reflexão, penitência e abstinência, o Carnaval representava o período de todos os abusos (alimentar, de bebida e de práticas “ da carne ”).

No séc. XIX até ao último quartel do séc. XX, os divertimentos carnavalescos incluíam a farinha, os ovos, as máscaras, os ensaiados, a que se juntaram na década de 70, os papelinhos, as serpentinas, os estalinhos e as bombinhas. Em várias localidades marcaram presença como pulhas, a escolha do rei e da rainha do carnaval, os jogos do pau, as sátiras e, na quarta feira de cinzas, o Enterro do Entrudo ou o Enterro do Bacalhau .   Os desfiles passaram a ser uma atração especial, momento de construir das festividades, onde participavam como matrafonas (homens vestidos de mulheres), as carroças, os tratores e mais tarde, os carros alegóricos, os cabeçudose as crianças ensaiadas com fatos de diferentes profissões e de figuras populares onde o chiste era rei. 

As máscaras, personificação do que era proibido pela ética sócio-religiosa foram utilizados desde tempos remotos.








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